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Riscos do cloro: com o que sua empresa deve se preocupar?

Os riscos do cloro estão presentes em todos os locais de trabalho, já que a substância é usada costumeiramente na rotina das pessoas e em diversos tipos de indústrias e empresas.

Podemos não perceber, mas o cloro químico (Cl2) e seus compostos fazem parte da vida diária de quase todas as pessoas. A água que você bebe, os alimentos que ingere, os medicamentos que toma, as roupas que limpa, a piscina em que nada, o carro que dirige e milhares de outros produtos são higienizados ou fabricados com cloro.

Além disso, o cloro é encontrado em muitos processos industriais, incluindo aqueles usados para a fabricação de plásticos, vinil e náilon, bem como produtos farmacêuticos e também na indústria de alimentos e bebidas. A indústria de eletrônicos depende do cloro na produção de microprocessadores e computadores. 

O cloro também está presente na fabricação de aditivos para gasolina, fluido de freio e anticongelante, bem como metais populares, como titânio, magnésio e alumínio.

Mas como algo tão comum pode ser tão perigoso e potencialmente mortal quando usado de maneira inadequada? Vamos acompanhar mais detalhes sobre os riscos do cloro!

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O que é o cloro?

O cloro é um gás tóxico amarelo-esverdeado com um odor forte e irritante semelhante ao da água sanitária. Se a temperatura do gás for reduzida, ou se for pressurizado, ele se torna um líquido. Na maioria dos casos, o gás cloro é utilizado na forma líquida. 

Como o cloro é muito reativo, ele não existe como um gás na natureza. No entanto, é frequentemente encontrado combinado com outros elementos 

O composto de cloro mais comum é o sal (Cloreto de sódio), que se encontra naturalmente na água do mar e nos sais de rocha. Outros minerais de cloreto comuns incluem silvita (cloreto de potássio) e carnalita.

Quais são as propriedades do cloro?

O limite de odor do cloro é de cerca de 0,2 a 0,4 ppm. Contudo, o odor não é um indicador confiável para este composto, pois os trabalhadores expostos rotineiramente ao cloro podem perder a capacidade de “cheirar” o produto químico em níveis mais baixos. 

O gás cloro é mais pesado que o ar e tende a se acumular em áreas baixas quando a concentração é alta o suficiente. Embora não seja inflamável, é um oxidante forte. 

Se o cloro entrar em contato com materiais inflamáveis ou combustíveis, como gasolina ou outros produtos de petróleo, terebintina, álcool, hidrogênio, acetileno, amônia e enxofre, pode ocorrer um incêndio ou explosão. 

Alguns materiais queimam em uma atmosfera de cloro, mesmo se não houver oxigênio.

O cloro reage com a água e o sulfeto de hidrogênio para formar ácidos hipoclorosos corrosivos. Ele reage com monóxido de carbono e enxofre para formar fosgênio e cloreto de sulfurila.

Quais são os usos do cloro?

O cloro é um dos produtos químicos mais comumente fabricados e é utilizado para a fabricação de: 

  • Produtos químicos orgânicos clorados, como monômero de cloreto de vinila, tetracloreto de carbono, percloroetileno, 1,1,1-tricloroetileno, clorobenzenos;
  • Químicos orgânicos, como óxido de propileno e glicóis
  • Químicos inorgânicos clorados, como hipoclorito de sódio, ácido clorídrico, ácido hipocloroso, cloretos de enxofre, cloretos de fósforo, cloretos de titânio e cloreto de alumínio.

Também é amplamente utilizado:

  • Como agente de branqueamento na fabricação de celulose e papel e têxteis;
  • Na fabricação de pesticidas, herbicidas, refrigerantes, propelentes, alvejantes domésticos e comerciais, detergentes para máquinas de lavar louça, anticongelantes, compostos antidetonantes, plásticos, borrachas sintéticas, adesivos e produtos farmacêuticos;
  • Para a purificação de água potável e de natação;
  • Para saneamento de resíduos industriais e esgoto;
  • Na desgaseificação de metais de alumínio.

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Riscos do cloro e efeitos à saúde

A exposição dos trabalhadores aos riscos do cloro se dá na maior parte dos casos por inalação ou contato da pele com o gás ou o líquido. O contato direto da pele com o cloro líquido pode causar ulcerações e queimaduras graves. Isso pode acontecer também pelo contato com o cloro gasoso.

Já o gás cloro causa grave irritação ocular e sistema respiratório porque ao reagir com a umidade do corpo forma ácidos. Inclusive, os trabalhadores expostos ao cloro podem desenvolver tolerância em relação ao seu odor e propriedades irritantes. 

Misturas com cloro

Existem vários riscos do cloro quando ele é misturado com outros produtos químicos. 

Quando compostos de cloro, como alvejantes, são misturados com amônia, ácidos, limpador de forno, peróxido de hidrogênio e outras substâncias, gases tóxicos são liberados. 

A mistura de compostos de cloro com ácidos liberará cloro gasoso. Quando os compostos de cloro são misturados com amônia ou outros compostos de nitrogênio, as cloraminas são liberadas, sendo que essas são altamente irritantes e tóxicas. 

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Riscos do cloro e níveis de exposição

Veja a seguir os efeitos agudos do cloro em relação aos níveis de exposição: 

  • 1 a 3 ppm – Irritação leve dos olhos, nariz e garganta;
  • 3 a 5 ppm – Ardor ou ardência nos olhos, nariz e garganta, dor de cabeça, olhos lacrimejantes, espirros, tosse, dificuldade respiratória, nariz sangrando;
  • 5 a 10 ppm – Irritação severa dos olhos, nariz e trato respiratório;
  • 10 ppm – Imediatamente perigoso para a vida e saúde (IDLH) concentração;
  • 10 a 25 ppm – Pode ser fatal após 30 minutos de exposição;
  • Acima de 25 ppm – Dificuldade respiratória imediata, acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar), possivelmente causando asfixia e morte. O edema pulmonar pode ser imediato ou retardado.
  • Acima de 1000 ppm – Após algumas inalações, causa a morte.

Os trabalhadores, que tiveram uma ou mais exposições ao cloro causando efeitos agudos à saúde, podem ter danos a longo prazo aos pulmões. Além disso, os colaboradores que apresentam doenças pulmonares pré-existentes, como asma ou alergias, tendem a apresentar maior sensibilidade aos efeitos irritantes do cloro.

Em relação aos efeitos crônicos do cloro, a exposição crônica a baixas concentrações de gás cloro pode causar dermatite, corrosão do esmalte dentário, tosse, dor no peito e dor de garganta. 

O cloro em si geralmente não é considerado cancerígeno. Porém, não foi estudado até o momento pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC). Cloraminas, água potável clorada e sais de hipoclorito foram avaliados pela IARC e todos se enquadram no Grupo 3, como não classificável quanto à carcinogenicidade para humanos devido à falta de evidências científicas.

Que medidas de prevenção podem ser adotadas?

Para evitar os riscos do cloro, prevenir a exposição é a melhor forma de proteger a saúde. As ações de controle que devem ser consideradas estão abaixo listadas, considerando-se a hierarquia de medidas de controle:  

Uso de substitutos menos perigosos – Por exemplo, nos casos de sanitização ou tratamento de água, pode ser considerada a utilização de hipoclorito de sódio no lugar do gás cloro. Outro exemplo é o uso de geradores de Ultravioleta para esterilização e tratamento de água. O tratamento UV é frequentemente aplicado para tratamento de água potável em pequena escala.

Uso de controles de engenharia – São processos usados para eliminar a exposição a uma substância, removendo a substância do ar ou criando barreiras entre o trabalhador e o agente. Alguns exemplos são: ventilação local exaustora ou ventilação geral, enclausuramento de equipamentos, alimentação automática do cloro gasoso nos processos etc.

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Mudanças nas práticas de trabalho para reduzir a exposição (controles administrativos) – Algumas práticas de trabalho incluem o treinamento dos trabalhadores sobre os riscos do cloro. 

Esse treinamento deve incluir o entendimento da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e Rotulagem das embalagens, estabelecer boas práticas de higiene, instalação e uso de sistema de alarme para avisar de vazamentos de cloro, armazenamento adequado do cloro, entre outros.

Uso de equipamento de proteção individual – Nas situações em que não é possível ou viável a substituição do cloro, ou adoção de controles de engenharia ou controle administrativos, deverá ser fornecido aos trabalhadores equipamentos de proteção individual adequados. 

Vale lembrar que, no caso de proteção respiratória, o respirador deverá ser escolhido de acordo com a exposição ocupacional existente e deverá ser elaborado o Programa de Proteção Respiratória (PPR). 

Como uma consultoria em segurança química pode ajudar com os riscos do cloro

Estas medidas listadas acima são apenas algumas das ações que devem ser adotadas como prevenção aos riscos do clodo. O que deve ficar claro é que o processo como um todo deve ser avaliado. Assim, é possível definir os riscos a que podem estar expostos os trabalhadores.

Dessa forma, os gestores conseguem escolher os treinamentos necessários, analisar toda a legislação pertinente para atendimento e estabelecer um plano de ação para prevenção, correção e melhoria contínua. 

Para te ajudar em todo este cenário, conte com uma consultoria em segurança química experiente. A Chemical Risk possui profissionais altamente qualificados, com conhecimento técnico, de mercado, da legislação e dos riscos dos produtos químicos, estando prontos para promover as ações necessárias na sua empresa.

Atuamos com serviços de segurança química, desde a elaboração dos documentos de segurança até análises de riscos, matriz de incompatibilidade, avaliação da NR-26, inventário de produtos químicos, entre outros. Além disso, temos diversos treinamentos para empresas.

Ficou interessado em saber mais? Entre em contato conosco e peça um orçamento!

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