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Equipamentos de Proteção Individual: conheça os principais tipos de EPIs

Quem já não ouviu falar a respeito dos EPIs, não é mesmo? Estes tão famosos Equipamentos de Proteção Individual devem ser utilizados por trabalhadores nas situações que possam oferecer qualquer risco. Seja um risco físico, químico ou biológico, mecânico, entre outros. 

Isso significa que esses equipamentos são indispensáveis principalmente nas indústrias, em laboratórios e ambientes ruidosos. Além disso, devem ser empregados em qualquer atividade que exponha o trabalhador a riscos à sua saúde e segurança. 

Regulamentação dos equipamentos de proteção individual

O uso dos EPIs é determinado na Seção IV por meio do Artigo 166 da Consolidação das Leis do Trabalho.

De acordo com a lei, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento. Isso deve ocorrer sempre que as medidas naturais não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.  

O EPI deve também ter um certificado de aprovação, que vem gravado no equipamento. Por meio dessa numeração, é possível ao empregador ter acesso a informações do fabricante, validade, entre outros.

Quando o foco é a gestão do risco químico, a nossa atenção se volta à exposição aos agentes químicos presentes nos locais de trabalho. E, sob esse contexto, quais seriam os EPIs necessários para a proteção do trabalhador?

É isso que iremos abordar agora. 

Leia também: Segurança química: como fazer o gerenciamento de produtos químicos?

Mas o que são riscos químicos?

São todos os agentes químicos existentes no local de trabalho. Sejam eles substâncias ou misturas cuja exposição podem prejudicar a saúde do trabalhador por meio da inalação por via respiratória, digestiva ou absorção cutânea.

A exposição a esses agentes ocorre em diferentes formas, como poeira, gases, fumos, neblinas, névoas. Veja como eles se classificam:

  • Estado sólido: poeiras, fumos, fibras, grãos, etc.
  • Estado líquido: névoas, neblinas, combustível, etc.
  • Estado gasoso: hidrogênio, nitrogênio e outros gases.

Os trabalhadores que fazem uso de substâncias químicas nos diversos processos são os mais expostos aos perigos. As atividades mais comuns relacionadas a produtos químicos são o manuseio.

No entanto, essa exposição também pode ocorrer:

  • No envasamento do produto químico, 
  • Na diluição do produto;
  • Ao abastecer máquinas;
  • Ao cortar, lixar ou fragmentar produtos sólidos gerando pó químico;
  • Ao esquentar ou queimar produtos sólidos ou líquidos gerando vapor;
  • Na proximidade de alguém que manipula o produto químico;
  • No processo de limpeza onde se faz uso do produto concentrado ou diluído; e muitas outras formas;
  • Transporte (interno ou externo).

Normalmente, o transporte se dá com o produto químico embalado. Logo, nesse caso, os perigos se apresentam no momento de algum acidente. Na situação de transporte interno, com o produto exposto, o perigo se equivale ao de quem o manuseia.

Quais seriam os equipamentos de proteção individual adequados?

Para evitar riscos de exposição, é necessário fornecer os EPIs apropriados para os colaboradores da sua empresa. Veja:

1) Proteção para os olhos e a face

É importante avaliar a área de trabalho ou a tarefa realizada para a identificação correta dos riscos potenciais aos olhos. Os principais perigos que podem estar presentes são:

  • Partículas volantes;
  • Poeiras;
  • Respingos ou projeção de líquidos;
  • Névoas irritantes.

Após mapear estes itens, é hora de definir os EPIs, como óculos, protetor facial e máscara.

    • Tipos de Óculos: 

1. Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes:

2. Óculos de segurança com ampla visão:

Com ventilação direta – Proteção contra impactos;

Com ventilação indireta – Proteção contra impactos, poeiras e respingos;

Sem ventilação – Proteção contra névoas irritantes.

  • Protetor facial:

No caso de exposições severas, o uso do protetor facial se faz necessário. É importante lembrar que deve usado sempre com óculos de segurança e com os demais equipamentos de proteção individual necessários.

  • Máscara de Solda 

A máscara de solda serve para proteção dos olhos e face contra uma série de itens. Por exemplo: impactos de partículas volantes, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.                                                  

2) Proteção para as mãos 

Para a definição da luva adequada a ser adotada, alguns fatores devem ser considerados:

  • Qual o produto químico envolvido na tarefa;
  • Concentração do produto químico;
  • Mistura com outro produto;
  • Tempo de contato com o risco;
  • Tipo de contato (imersão, contato com objetos molhados, entre outros);
  • Necessidade de tato;
  • EPIs descartáveis ou não;
  • Peculiaridades da operação.

Os materiais usados em luvas de segurança são largamente testados e com comprovada eficiência para proteção química. Os mais comuns são:

  • Látex – performance em elasticidade;
  • Borracha natural – excelente desempenho. Atende a produtos químicos específicos;
  • Borracha nitrílica – excelente resistência ao desgaste e a produtos químicos. 
  • Neopreno – mantém a flexibilidade em um amplo intervalo de temperatura;
  • Kevlar – altas temperaturas.

Vale lembrar que, para uma primeira referência, os sites de fornecedores geralmente possuem tabelas de indicação de materiais de luvas X produtos químicos. Porém, a definição da melhor luva a ser adotada deve ser feita após análise de risco da tarefa em conjunto com o fornecedor.

Leia também: Inventário de produtos químicos: veja a importância para a sua empresa

3) Proteção respiratória

Para a seleção e o uso do respirador adequado, também é essencial a correta avaliação dos riscos respiratórios: 

A avaliação completa inclui 3 etapas:

  • Avaliação dos perigos no ambiente – contaminantes presentes;
  • Avaliação da adequação do respirador à exposição – limites de exposição;
  • Avaliação da adequação do respirador à tarefa, ao usuário e ao ambiente de trabalho – frequência e duração da tarefa, esforço, etc.

Vale lembrar que, na questão da proteção respiratória, é necessário seguir todas as exigências do Programa de Proteção Respiratória (PPR) da Fundacentro. Conheça os principais tipos de respiradores:

  • Purificadores de ar – pressão negativa

Respiradores descartáveis (PFF1 / PFF2 ou PFF3): também chamados de respiradores sem manutenção, oferecem proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; fumos e/ou agentes biológicos; particulados altamente tóxicos (LT < 0,05 mg/m3) e/ou de toxidez desconhecida, respectivamente.

PFF significa peça facial filtrante, pois o próprio respirador é um meio filtrante.

Respiradores semifaciais / faciais com filtros P1, P2 ou P3: também chamados de respiradores com manutenção onde se faz a troca dos filtros. A proteção oferecida é a mesma citada acima. 

  • Purificadores de ar – pressão positiva

Nesta categoria, estão os respiradores por adução de ar que fornecem ar ou outro gás respirável de forma independente do ar do ambiente. Servem como proteção contra a inalação, deficiência ou contaminantes presentes no ar. Entre eles, destacamos:

Máscara autônoma: geralmente, é uma peça facial inteira cujo fornecimento de ar é feito por meio de um cilindro. Protege as vias respiratórias em atmosferas em que a concentração de oxigênio é igual ou menor a 12,5%, conhecidas como Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS) ou são utilizadas em casos de emergência.

Respiradores motorizados: são respiradores que possuem um sistema de purificação do ar ambiente. O que mantém a pressão dentro da cobertura facial maior do que a ambiental, impedindo que o ar do ambiente contaminado atinja as vias respiratórias do usuário. Ou seja, promove maior proteção.

Respiradores de linha de ar comprimido: são também chamados de ar mandado e são compostos por uma peça facial ou capuz ou capacete. São ligados por uma mangueira de ar por meio de um compressor ou a uma bateria de cilindros com ar comprimido. 

Leia também: Riscos químicos no trabalho: como funciona a avaliação qualitativa

4) Proteção do corpo inteiro

Este é um dos equipamentos de proteção individual mais importantes. A seleção da vestimenta adequada depende de uma avaliação de risco. Nesta análise, devem ser observados a natureza dos riscos químicos, a atividade e o ambiente de trabalho.  

Deverão ser considerados também:

  • Duração prevista do trabalho;
  • Estado da substância química;
  • Tempo de exposição ao risco;
  • Perigos de riscos mecânicos (a vestimenta pode ser rasgada, perfurada, sofrer abrasão, etc).

Para evitar todos estes perigos, foi definida a Portaria DSST_SIT Nº 452/2014. Segundo o documento, as vestimentas contra riscos químicos devem ser fabricadas, verificadas e ensaiadas conforme a ISO 16602:2007.

Essa norma internacional estabelece os níveis de desempenho mínimos de cada parâmetro em cada situação de trabalho, como:

  • Permeação química;
  • Penetração de líquido sob pressão;
  • Repelência;
  • Resistência à penetração química;
  • Tração, rasgamento, perfuração, abrasão e outros. 

Tipos de vestimentas de corpo inteiro

Além disso, a ISO mencionada acima também define os tipos de vestimentas:  

Tipo 1 – Conjunto de proteção resistente a gases/vapores químicos, cobrindo o corpo todo incluindo mãos, pés e cabeças;

Tipo 2 – Conjunto de proteção não estanque a gases. Possui ar respirável proveniente de pressão positiva dentro do conjunto vindo de uma fonte externa. São resistentes a líquidos, líquidos pulverizados e partículas sólidas aéreas.

Tipo 3 – Vestimenta de proteção resistente a líquidos. Podem cobrir totalmente o corpo com conexões entre diferentes partes da vestimenta, luvas e botas, para proteção contra líquidos químicos. Pode ser também vestimenta do tipo proteção parcial, em que é protegida somente uma parte do corpo.

Tipo 4 – Vestimenta de proteção resistente a líquidos pulverizados (spray). Podem cobrir totalmente o corpo com conexões entre diferentes partes da vestimenta, luvas e botas, para proteção do usuário contra líquidos pulverizados químicos. Pode ser também para proteção parcial, na qual é protegida apenas uma parte do corpo.

Tipo 5 – Vestimenta de proteção resistente a partículas sólidas químicas transportadas pelo ar. Devem cobrir totalmente o corpo, com uma ou duas peças, com ou sem luvas, e botas para proteger o usuário contra partículas sólidas químicas, com ou sem capuz, com ou sem visores, com ou sem meias ou sobrebotas. Não podem ser do tipo proteção parcial. Este tipo de vestimenta não é destinado a outros tipos de sólidos químicos (somente aerossóis, partículas sólidas transportadas pelo ar). 

Tipo 6 – Vestimentas de proteção química com proteção limitada contra líquidos químicos. Podem cobrir totalmente o corpo com proteção limitada contra líquidos pulverizados (spray) nas conexões entre as diferentes partes da vestimenta, luvas e botas. Pode ser também vestimenta do tipo proteção parcial, em que é protegida somente uma parte do corpo.

Tecidos para EPIs de corpo inteiro

A determinação desses aspectos facilitará a especificação da melhor vestimenta ou de uma vestimenta que tenha parâmetros superiores. Com isso, os trabalhadores certamente estarão protegidos.

Alguns exemplos de tecidos desenvolvidos para esse fim são:

  • Tyvek – respingos leves e baixas concentrações de produtos químicos em base água;
  • Tychem – produtos químicos – testado para mais de 180 produtos.

Leia também: Toxicologia dos gases irritantes: riscos de exposição e efeitos prejudiciais à saúde

Como selecionar os equipamentos de proteção individual ideais?

Como podemos observar, a variedade de EPIs existentes é bem extensa. Com toda a tecnologia existente e o avanço em relação ao desenvolvimento de materiais, esses equipamentos estão cada vez mais confortáveis e oferecendo uma proteção cada vez mais efetiva. 

Portanto, selecionar os equipamentos de proteção individual mais adequados, não é uma tarefa fácil. Exige a realização de uma análise de risco criteriosa, considerando a existência de vários perigos que podem estar presentes. 

Além disso, não basta escolher o EPI correto. O processo não acaba aí. O passo seguinte é o treinamento do colaborador. Essa capacitação deve orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação de toda a vestimenta.

Dessa forma, o colaborador estará protegido e a sua empresa cumprirá todas as normas quanto a segurança do trabalhador, evitando multas.

Leia também: Riscos dos produtos químicos no ambiente de trabalho: legislação e penalidades

Como uma consultoria especializada pode ajudar?

O processo de garantir a segurança dos funcionários da sua empresa não é só voltado para os equipamentos de proteção individual. Também é necessário que a sua organização esteja adequada a todas as leis de segurança e saúde ocupacional.

Por isso, uma consultoria especializada nestes assuntos é fundamental para auxiliar a sua empresa. Com a Chemical Risk, você conta com uma equipe altamente gabaritada para estabelecer os procedimentos necessários para deixar a sua companhia em conformidade com as legislações.

Atuamos com serviços direcionados para segurança do trabalho, como:

  • Análise Crítica de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
  • Análise Crítica de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
  • Parecer de insalubridade;
  • Parecer de periculosidade;
  • Implementação da NR-20 para líquidos inflamáveis.

Também contamos com treinamentos in company na área de segurança do trabalho, para manuseio de produtos químicos, descarte seguro de EPIs, toxicologia ocupacional, entre outros.

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7 comentários

  1. Senhores, boa noite. Gostei do trabalho exposto neste site, foi muito útil para que eu pudesse desenvolver um artigo. Obrigado.

  2. Muito útil o trabalho para os operadores do direito em geral, revelando zelo e conhecimento da matéria. Obrigado

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