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ONU relata que Coreia do Norte enviou armas químicas para a Síria

Segundo os especialistas sul-coreanos, a Coreia do Norte possui um arsenal com aproximadamente 5.000 toneladas de armas químicas, incluindo o composto VX, que foi empregado em fevereiro de 2017 e provocou a morte do irmão do ditador norte-coreano, Kim Jong-um.

Especialistas da ONU informaram que a Coreia do Norte está abastecendo o governo sírio com suprimentos que podem produzir armas químicas. Há evidências da ligação da Síria com a Coreia do Norte devido aos últimos ataques ocorridos na Síria (fevereiro de 2018). Os EUA e demais países acusam o governo sírio de empregar armas químicas novamente, contra a população civil.

A guerra civil na Síria iniciada em março de 2011, dura até hoje, e nas últimas semanas os ataques a cidades sírias foram intensificados. A ONU já pediu um cessar fogo por 30 dias.

Não é a primeira vez que são empregadas armas químicas na Síria; em agosto de 2013, mais de 1.000 pessoas foram mortas após o uso de gás sarin, em abril de 2017, mais de 80 pessoas foram mortas também devido a exposição ao sarin, além de outros ataques envolvendo outros compostos químicos.

Há suspeitas de que no último domingo (25/02/2018) ocorreu emprego de gás cloro na região da Ghouta, subúrbio de Damasco, capital do país. Segundo autoridades que prestam atendimento às vítimas na região, há civis com sintomas consistentes com a exposição ao cloro.

Armas químicas de guerra são definidas como qualquer substância química cujas propriedades tóxicas são utilizadas com a finalidade de matar, ferir ou incapacitar algum inimigo.

O cloro foi descoberto por Carl William Scheele em 1774. A palavra cloro vem do grego khlorós, que significa esverdeado. O símbolo do elemento é Cl, pertence ao grupo dos halogênios (grupo 17 ou VIIA).

Sob condições normais de temperatura e pressão, o cloro é um gás de coloração amarelo-esverdeada com moléculas diatômicas. Geralmente o composto fica na forma pressurizada e resfriada de modo a ser armazenado na forma líquida. Quando liberado, rapidamente se transforma em gás com odor irritante.

Tal composto foi empregado pela primeira vez como arma química de guerra pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial. A partir do ataque realizado nas trincheiras em Ypres, Bélgica (22 de abril de 1915), e “bem-sucedido” para a finalidade que foi empregada. A partir deste evento ocorreu uma busca incessante na fabricação em grande escala de agentes químicos de guerra, tanto pela Alemanha como pelos países Aliados.

Atualmente o cloro tem uso considerável na indústria, com diversas aplicações, tais como: tratamento de água, branqueamento durante a produção de papel; preparação de diversos compostos clorados, empregado na produção de cloreto de vinila (matéria-prima para a obtenção de policloreto de vinila – PVC), síntese de compostos orgânicos e inorgânicos (tetracloreto de carbono, clorofórmio, outros), empregado como agente oxidante, dentre outras aplicações.

A exposição via inalatória ao cloro provoca imediatamente: sensação de aperto no peito, ardor no nariz, garganta e olhos, vermelhidão e bolhas na pele semelhante a congelamento, falta de ar; lesão pulmonar aguda ocorre dentro de 2 horas após a exposição, provoca edema pulmonar.

O tratamento consiste na administração de broncodilatadores, corticoides, avaliação da pressão expiratória positiva, realização de gasometria. Em caso de não atendimento médico e sem tratamento, as vítimas podem vir a óbito.

Para mais informações referentes as armas químicas, veja o livro Armas Químicas – O mau uso da toxicologia.

 

 

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