Chemical Risk

atendimento@chemicalrisk.com.br
+55 (11) 4506-3196 / (11) 94706-2278

Como conhecer os riscos químicos: perigos físicos e à saúde humana

Quando manuseamos produtos químicos em nossas atividades no local de trabalho, estamos expostos aos chamados riscos químicos

Para avaliar o risco químico, é necessário verificar quais são os perigos dos produtos químicos, identificar as vias de exposição aos produtos químicos, qual a frequência da exposição, qual a concentração, dentre outras informações.

Neste texto, iremos abordar os riscos químicos e como avaliá-los.

Como identificar o perigo dos produtos químicos?

Para verificar se um produto é perigoso, deve-se consultar a FISPQ e o rótulo deste produto. Lá, estará descrito qual o potencial de provocar algum efeito nocivo ao nosso organismo, ao meio ambiente e os perigos físicos.

Quais os perigos que os produtos químicos podem apresentar?

Os produtos químicos podem apresentar os seguintes perigos:

  • Perigos físicos
  • Perigos à saúde humana
  • Ao meio ambiente

Vamos começar a entender cada um destes perigos.

Leia também: Riscos químicos no trabalho: como funciona a avaliação qualitativa

O que são os perigos físicos?

Os perigos físicos são baseados nas propriedades físico-químicas dos produtos químicos. A partir dessas características, podemos prever o comportamento e as transformações de tais produtos em condições específicas e durante o seu processamento.

Estes produtos podem estar presentes em diversos estados físicos. Veja a seguir: 

Sólidos:

Materiais sólidos nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP). Um material está no estado sólido se as forças que unem suas partículas são bastante fortes para impedir sua deformação. Caracterizando um estado ordenado deste material. Exemplos: sal de cozinha, areia.

Líquidos:

Materiais líquidos nas CNTP. As forças entre as unidades químicas constituintes não podem evitar a deformação, mas há força de coesão suficiente para manter essas partículas unidas, impedindo sua completa dispersão no ambiente. Portanto, os líquidos não possuem forma fixa, mas podem ser contidos por recipientes abertos. Exemplos: água, álcool.

Gases:

Materiais gasosos nas CNTP. As partículas constituintes do material não possuem força de coesão suficiente para mantê-las juntas e o movimento de cada partícula individual leva a sua dispersão no ambiente. 

Então, além de os gases não possuírem forma fixa, só poderão ser contidos por recipientes fechados, que impeçam seu escape para a atmosfera. Exemplos: oxigênio, gás carbônico (CO2).

Vapor:

Formas gasosas de sólidos ou líquidos nas CNTP, resultantes de vaporização ou sublimação. Exemplos: vapor d’água.

Aerodispersóis:

Partículas sólidas ou líquidas que podem permanecer em suspensão no ar por período considerável de tempo. Seu tamanho, geralmente entre 0,001 e 100 µm, e formato variam bastante. Existem vários tipos de aerodispersóides, como poeiras, fumos, névoas, neblinas e fumaça.

Poeiras:

Partículas sólidas obtidas por ruptura mecânica de sólidos, geralmente com formas irregulares e maiores que 0,5 μm. Essa ruptura poderá ocorrer durante a moagem, abrasão ou desintegração dos sólidos. Exemplos de processos geradores de poeiras: corte e polimento de rochas ornamentais, abrasão de lona de freio quando da frenagem, liberando poeira de asbestos.

Fumos:

Partículas sólidas obtidas por condensação, sublimação, ou oxidação de sólidos na fase gasosa. Alguns fumos com importância ocupacional: fumos metálicos, formados a partir de metais no estado gasoso, e fumos de asfalto, formados a partir do asfalto volatilizado.

Névoas:

Partículas líquidas obtidas por ruptura mecânica de líquidos. Um exemplo de gerador de névoa é o nebulizador caseiro, usado para tornar os ambientes mais úmidos e aumentar a quantidade de água presente no ar. Outros exemplos são: processo de gaseificação e borbulhamento, processos que causem a agitação mecânica do líquido, névoas de óleo a partir de operações de corte e trituração e névoas de agrotóxicos (praguicidas) ao serem pulverizados.

Neblinas:

Partículas líquidas obtidas pela condensação de líquidos na fase gasosa. Este é um tipo de particulado pouco encontrado em ambientes de trabalho. Forma-se neblina em regiões serranas, quando a temperatura cai, por condensação do vapor d’água presente na atmosfera (ex.: formação de neblina nas rodovias).

Por que é importante conhecer o estado físico dos produtos químicos?

A alteração do estado físico de um produto químico pode alterar algumas características e causar algum dano físico, à saúde e/ou ao meio ambiente. 

Se pensarmos em uma liga metálica, a mesma não oferece nenhum perigo. Entretanto, quando ocorre a fusão desta liga, ocorre a emissão de fumos e esses oferecem riscos químicos à saúde humana.

Outros exemplos que podem ser citados aqui são produtos explosivos, químicos inflamáveis, químicos oxidantes, entre outros, que podem levar a graves acidentes.

Leitura recomendada: Riscos dos produtos químicos no ambiente de trabalho: legislação e penalidades

E quais os perigos à saúde humana e ao meio ambiente?

Toxicidade aguda é a capacidade que alguns produtos químicos têm em provocar efeitos adversos e/ou danos aos seres humanos após a exposição. Seja pela ingestão, inalação ou contato dérmico com uma única dose ou doses múltiplas administradas em um curto período de tempo (até 24 horas).

Irritação dérmica e ocular

A irritação é causada pelo contato do produto químico com a pele e olhos e provoca ardência, coceira e vermelhidão.

Corrosão à pele e aos olhos

Os produtos químicos, como por exemplos os corrosivo a metais, provocam severos danos à pele e aos olhos. São compostos que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos e produzem danos irreversíveis para a pele. Ou seja, necrose visível através da epiderme e na derme, com úlceras, sangramento, queimaduras e intensa dor.

Sensibilização respiratória

Sensibilização respiratória é a capacidade de alguns produtos químicos em provocar uma hipersensibilização (alergia) das vias respiratórias após sua inalação, como por exemplo, o desenvolvimento de asma.

Leia também: Gestão de produtos químicos: autoconfiança x segurança do trabalho

Sensibilização à pele

Sensibilização à pele é a capacidade que determinado produto químico tem em provocar reação alérgica após contato com a pele, com coceira, vermelhidão, descamação da pele.

Mutagenicidade em células germinativas

É a capacidade que alguns produtos químicos tem em provocar mutações (danos, lesões) permanentes no DNA da célula.

Carcinogenicidade

Carcinogenicidade é a capacidade que determinado produto químico tem de induzir a formação de câncer (tumor benigno ou maligno) ou promover o aumento da sua ocorrência.

Toxicidade à reprodução e lactação

É a capacidade que alguns produtos químicos tem em provocar efeitos adversos na função sexual e/ou na fertilidade de homens e mulheres adultos, e também efeitos adversos sobre o desenvolvimento do feto.

Durante a lactação (amamentação), muitos compostos químicos podem ser transferidos aos bebês e provocar efeitos adversos. Por isso, é muito importante redobrar a atenção aos riscos químicos.

Toxicidade para órgãos-alvo específicos

É a capacidade que alguns produtos têm em provocar efeitos adversos (toxicidade) não letais para órgãos-alvo específicos, por exemplo, rins, fígado, pulmões, entre outros. Este risco pode ser resultante de uma única exposição ou de diversas exposições.

Perigo por aspiração

Aspiração significa a entrada de um líquido ou sólido diretamente através da boca ou nariz, ou indiretamente por regurgitação (vômito), na traqueia ou vias respiratórias. A aspiração de determinados produtos químicos perigosos pode provocar severos efeitos nocivos, tais como pneumonia química, lesões pulmonares, e até a morte.

Saiba mais: Segurança no manuseio de produtos químicos: 10 dicas úteis

Toxicidade aguda e crônica para o ambiente aquático

É a capacidade que alguns produtos químicos têm em provocar efeitos adversos aos organismos aquáticos (algas, peixes, crustáceos, outros) após curto ou longo período de exposição.

Degradabilidade 

É a capacidade de decomposição e conversão de uma molécula química de estrutura complexa presente no produto químico, em uma molécula mais simples. 

Um produto com rápida degradabilidade será removido rapidamente do meio ambiente e um produto químico com lenta degradabilidade será considerado persistente no meio ambiente, como por exemplo, as sacolas plásticas e as garrafas PET.

Potencial bioacumulativo 

É a capacidade que determinado produto químico possui em ser absorvido, transformado e eliminado dos tecidos de alguns organismos vivos, seja através do ar, da água, do solo ou sedimento.

Mobilidade no solo 

É a propriedade que determinado produto químico tem de se mover ou não no solo.

Como identificar os riscos químicos no ambiente de trabalho?

Para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de colaboradores, evitar a exposição a riscos químicos, minimizar as chances de acidentes e se proteger contra multas referentes ao não cumprimento das legislações vigentes, é fundamental identificar os riscos químicos e tomar as medidas cabíveis.

A Chemical Risk é uma consultoria especializada em gestão do risco químico com profissionais altamente qualificados e com conhecimento de mercado, que vão fazer uma análise aprofundada da realidade da sua empresa para entender se existem riscos químicos e como mitigá-los.

Contamos com soluções personalizadas na área de gestão química. Conheça os principais serviços:

Além disso, realizamos treinamentos in company e temos cursos online de manuseio seguro de produtos químicos e FISPQ.

Ficou interessado? Entre em contato agora mesmo com nossos consultores técnicos e solicite um orçamento!

Gostou deste artigo?

Share on Facebook
Share on Twitter
Share on Linkdin
Share on Pinterest

comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *