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Agentes químicos no ar: qual a diferença entre fumos, poeiras, névoas, gases e vapores?

Muitas vezes, nos deparamos com algumas dúvidas em se um produto é um gás ou um vapor! Se é uma poeira ou um aerodispersóide e esse último, gera ainda mais dúvidas. Então, vamos entender melhor sobre os agentes químicos no ar.

Afinal, conhecer essas diferenças e situar os agentes químicos nas classificações corretas é muito importante. 

Assim, é possível evitar equívocos em relação ao reconhecimento dos riscos das atividades executadas nos locais de trabalho e, principalmente, sobre a definição das ações de prevenção e medidas de controle. Por exemplo, selecionar a proteção respiratória adequada aos riscos existentes de exposição. 

Portanto, saber como os agentes químicos se dispersam no ar é fundamental para avaliar se existirá ou não exposição ocupacional

Até porque, é comum ocorrerem equívocos na recomendação dos equipamentos de proteção individual, como a adoção de um respirador do tipo PFF2 quando a exposição é na verdade a um vapor orgânico, ou então a exposição é a um vapor alcalino e o filtro é para vapores ácidos. 

E, quando o assunto é classificação de agentes químicos, muita confusão pode ocorrer. 

Classificação física dos agentes químicos no ar

A classificação dos agentes químicos manuseados diariamente é baseada em seu estado físico. O primeiro grupo é o de materiais particulados, denominados também de aerodispersóides e que são os de maior densidade. 

Aerodispersóide nada mais é do que uma dispersão de partículas sólidas ou de partículas líquidas no ar. Ou seja, são os agentes químicos no ar. Vejamos suas diferenças:

1. Particulados Sólidos: Poeiras, Fumos e Fibras

As poeiras são partículas sólidas formadas pela ruptura mecânica de um sólido, por meio de processos de moagem, atrito, impacto etc. 

As poeiras podem ser: 

  • Minerais: aquelas causadas em ações de perfurações, britagem de pedras, extração mineral, explosões, entre outros. Estas atividades geram a poeira sílica, que é bastante nociva à saúde, podendo provocar até câncer.
  • Alcalinas, originadas principalmente do calcário. É responsável por doenças pulmonares crônicas, como enfisema pulmonar.
  • Vegetais, provocadas por atividades exercidas na zona rural, como em campos de algodão e cana de açúcar ou também em atividades de tecelagem. A doença ocupacional mais comum, neste caso, é a bissinose.
  • Poeiras metálicas são oriundas de atividades que envolvam metais, como lixamento de peças, por exemplo. Essas partículas causam doenças do sistema respiratório e, também, febre e calafrios. 

Leitura recomendada: Trabalhos perigosos e os desafios de segurança de produtos químicos

E quanto aos fumos?

Os fumos são caracterizados como substâncias na forma de particulado fino em suspensão (pó) decorrente do processo de solda. Estas partículas são formadas a partir de vapores e gases que se desprendem durante a fusão. Estes, em contato com o oxigênio do ar, após resfriamento e condensação, oxidam-se, formando os fumos.

As operações mais comuns em que há a presença de fumos são as de soldagem e fundição.

Os fumos podem causar irritação nos olhos, nariz e peito, diversos tipos de câncer, como o de pulmão, intestino e fígado, além de reações alérgicas, asma, bronquite e pneumonia, entre outros.

Entre os particulados sólidos, também podemos destacar as fibras, que podem ser definidas como longos e finos filamentos de um material. Como exemplo, temos o amianto.

2. Agentes químicos no ar do tipo Névoas e Neblinas

Outros tipos de agentes químicos no ar são os aerodispersóides do tipo névoas e neblinas, que são particulados líquidos.

A névoa é composta por partículas no estado líquido, que são produzidas por substâncias líquidas que sofreram ruptura, se tornando pequenas partículas que acabam por se dispersar no ar. 

Um exemplo de névoa é o spray, como o de desodorante por exemplo. Aquilo não é um gás ou vapor. Na verdade, é o líquido desodorante presente em pequenas partículas no ar.

Já um tipo de névoa que pode ser extremamente prejudicial é a névoa ocasionada quando o trabalhador está aplicando agroquímicos em uma plantação. 

Outro exemplo com impacto negativo é o solvente. Uma vez que alguns solventes são usados em tintas em spray e contêm chumbo, que é um elemento muito perigoso e de alto risco para a saúde do trabalhador.

neblina, por sua vez, é a suspensão de partículas líquidas formadas pela condensação do vapor de uma substância líquida na temperatura normal.

Assim como a névoa, a neblina também é composta por partículas no estado físico líquido. Porém, essas partículas não se originaram da ruptura do líquido, mas sim através da condensação de vapores das substâncias que estavam no estado líquido nas condições normais de temperatura e pressão.

É muito comum a confusão entre névoa e neblina com vapor. Mesmo que o vapor acompanhe a névoa, eles são distintos. Isso será fundamental para a seleção de filtros para os respiradores.

Leitura recomendada: Riscos dos produtos químicos no ambiente de trabalho: legislação e penalidades

3. E chegamos aos Gases e Vapores

Além dos agentes químicos no ar como aerodispersóides, podemos ter também contaminantes na fase gasosa. 

Se esse contaminante, em condições normais de temperatura e pressão já estiver no estado gasoso, ele é considerado um gás. Contudo, se o contaminante é um líquido em condições normais, sua fase gasosa será chamada de vapor.

De acordo com suas propriedades químicas, os gases e vapores podem ser classificados, resumidamente, como orgânicos, ácidos, alcalinos e inertes.

Como você já deve ter percebido, entender a classificação dos agentes químicos é fundamental para todo o direcionamento das ações de prevenção. 

Consequentemente, esse conhecimento contribui para a elaboração do Programa de Gestão adequado à realidade dos riscos existentes. E, adicionalmente, é muito importante na elaboração correta de toda a documentação exigida para as questões de Saúde e Segurança do Trabalho, lembrando por exemplo, do Programa de Proteção Respiratória – PPR.  

Como a consultoria em segurança química pode ajudar

Como mencionado anteriormente, é preciso determinar o risco ocupacional a que os colaboradores estão expostos durante todo o ciclo de vida dos agentes químicos no ar e nas demais condições presentes nas empresas. 

Então, os gestores devem mapear o uso e o risco dos produtos químicos no manuseio, armazenamento, transporte e descarte. Só assim, as organizações terão a exata noção do perigo à saúde do trabalho e dos perigos de acidentes em suas instalações, bem como das mudanças que precisam fazer em suas estruturas para garantir a segurança de todos e também cumprir com as legislações.

Para isso, uma consultoria em segurança química pode ser um aliado importante. Afinal, com experiência, conhecimento de mercado e profissionais especializados, a assessoria mostra todos os pontos falhos na manipulação dos agentes químicos e indica as medidas ideais a serem adotadas.

Neste sentido, conte com o apoio da Chemical Risk. Com atendimento rápido e eficiente, serviços de excelência, equipe interdisciplinar altamente capacitada e suporte integral, oferecemos os serviços de:

  • Segurança química, como elaboração de documentos, análise de risco, inventário e muito mais;
  • Saúde e segurança ocupacional, como análise de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, parecer de periculosidade e insalubridade, entre outros.
  • Treinamentos para empresas sobre manuseio de agentes, conhecimento de FISPQ etc;
  • Entre outros.

Quer saber mais informações? Entre em contato conosco agora mesmo e peça um orçamento gratuito!

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6 comentários

  1. Excelente conceituaçao e, mesmo, definiçao desses agentes que, sem dúvida, causam inumeros problemas na saúde, por equivocos interpretativos.

    1. Boa tarde Alisson,
      Você pode encontrar essas e outras informações, relacionadas à Higiene Ocupacional, em sites como da: OSHA, NIOSH e NIH. Acredito que nas publicações da Fundacentro e no Manual de Proteção Respiratória também será possível encontrá-las.

      Att,

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