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Ácido Fluorídrico e Fluoreto – Aspectos Toxicológicos

Como funciona a toxicologia do Ácido Fluorídrico

Os compostos de flúor são abundantes na natureza e amplamente distribuídos na biosfera, principalmente, em decorrência dos processos industriais.

O ácido, também conhecido como HF, é produzido pela reação de fluoreto de cálcio e ácido sulfúrico a 200°C. A solução resultante é resfriada e armazenada como líquido incolor.

As principais fontes naturais de ácido fluorídrico incluem:

  • Emissões vulcânicas;
  • Emissões provenientes do oceano sob a forma de aerossóis marinhos;
  • Incêndios;
  • Poeiras provenientes de solos;
  • Intemperismo das rochas.

A emissão do ácido fluorídrico e sua concentração

No caso das erupções vulcânicas, as emissões de HF são estimadas em 6 milhões de toneladas métricas por ano. Os vulcões liberam o ácido fluorídrico diretamente para a atmosfera. Além disso, dispensam outras formas de fluoreto, que podem reagir com outros compostos e originar novamente o HF.

Já, no caso das emissões provenientes dos oceanos, são expelidos 20 quilos toneladas por ano deste tipo de ácido. Esse elevado número é um grande risco, já que o elemento é altamente corrosivo.

A maior parte de HF é liberado por meio de emissões antropogênicas. O que engloba fontes industriais e as não-industriais, como incineração de resíduos contendo fluoreto.

Para a geração de energia elétrica por usinas termelétricas, por exemplo, a combustão de carvão contendo fluoreto libera o ácido fluorídrico. No geral, é estimada uma emissão em torno de 0,01 a 0,12 kg de HF por miligrama de carvão.

Nos Estados Unidos, inclusive, a principal fonte de emissão de HF é a queima de carvão em usinas termoelétricas.

Uso do ácido fluorídrico e seu potencial de reação

O HF é amplamente empregado na indústria, com consumo anual avaliado em torno de 1 milhão de toneladas.

Normalmente, o ácido se apresenta na forma de gás à temperatura ambiente, mas pode ser encontrado frequentemente em solução aquosa, sendo que, em soluções de concentração superior a 60%, ocorre a liberação de fumos de HF no ar.

O ácido fluorídrico reage com os metais, água ou vapor e pode liberar vapores corrosivos e tóxicos.

Além disso, o fluoreto é o íon mais eletronegativo da tabela periódica e, como é relativamente pequeno, se difunde prontamente. Desta maneira, o fluoreto se liga irreversivelmente ao cálcio e ao magnésio, formando um precipitado com ação tóxica.

Atuação no corpo humano

O HF penetra facilmente os tecidos e, devido à sua reatividade, pode provocar danos celulares. Uma vez que o fluoreto inibe a glicólise e reage com diversos constituintes celulares, além de destruir as membranas e produzir necrose celular.

Como resultado, o ácido produz grave hipercalcemia, hipocalcemia e hipomagnesemia. Isso pode provocar dores neuromusculares, dispneia, alterações do ritmo cardíaco e até queimaduras.

Essas queimaduras provocadas pelo HF podem ser de primeiro, segundo e terceiro grau, dependendo da exposição ao produto. Os sinais e sintomas após a exposição ao ácido fluorídrico são:

  • Dor intensa no local de exposição fora da área da pele envolvida;
  • Podem ocorrer hipocalcemia e hipomagnesemia;
  • Espasmos musculares;
  • Sinais de tetania;
  • Prolongamento do intervalo QT, parâmetro que varia com a frequência cardíaca e com o aporte do sistema nervoso;
  • Arritmias cardíacas.

O tratamento para a intoxicação pelo ácido inclui: descontaminação e neutralização com gluconato de cálcio, monitoramento cardíaco e eletrocardiogramas frequentes, bem como eletrólitos seriados. A medição de níveis de cálcio e magnésio e o uso de compostos anfotéricos também são obrigatórios, entre outras ações.

Todos esses riscos estão bastante atrelados a trabalhadores de indústrias, que utilizam o HF ou atuam com compostos que emitem o ácido fluorídrico. Por isso, é importante ter cuidado com o manuseio destes produtos para evitar intoxicações e outros incidentes.

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